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PNL PARA PROFESSORES
ESTADOS HIPNÓTICOS DO COTIDIANO
Todos nós experimentamos estados hipnóticos, naturalmente, ao longo do dia.
Por exemplo, quando nos dá um branco ao fixarmos a atenção em determinado objeto,
ao dirigir o carro no piloto automático, ao ler um livro, ouvir uma música, pintar um quadro, envolver-se com um filme ou em qualquer outra atividade onde coisas externas parecem ser desligadas. Em qualquer circunstância onde seja necessária uma grande concentração, automaticamente você se transfere para um estado hipnótico natural.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 90% da população mundial pode ser hipnotizada e obter os benefícios desta técnica.
A Hipnose é reconhecida como um instrumento científico eficaz pelo Conselho Federal de Medicina desde 1998. E pelo Conselho Federal de Psicologia desde 1999.
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FENÔMENOS HIPNÓTICOS
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Rapport
É o primeiro fenômeno que acontece. É o laço de confiança e empatia, pois o cliente se solta, na medida que confia no hipnoterapeuta.
Distorção do tempo
A percepção do tempo se altera para mais ou para menos. Trinta minutos parecem cinco, dez minutos parecem ter durado uma hora.
Dissociação
Os estados psicológicos consciente e inconsciente ficam separados. No estado de transe hipnótico o consciente está presente, mas a pessoa percebe que algo mais está acontecendo.
Amnésia
É a perda da habilidade de lembrar. É diferente do esquecimento porque o conteúdo “esquecido” parece ter sido selecionado pela mente. Ocorre espontaneamente em transes profundos ou pode ser sugerido pelo hipnoterapeuta conforme o caso.
Hipermnésia
Aumento da capacidade de lembrar fatos do passado próximo ou remoto ocorrem na hipnose.
Regressão de idade
Consiste em reviver estados psicológicos do passado espontaneamente ou por solicitação do hipnoterapeuta. É muito comumente usada na hipnose.
Progressão de idade
Consiste em ver-se no futuro, projetar-se para o futuro imaginado ou desejado, e até mesmo formar um “eu futuro” que pode aconselhar ao “eu presente” sobre o que fazer para atingir objetivos saudáveis.
Analgesia – anestesia
Analgesia consiste no entorpecimento da consciência da dor. Anestesia perda completa da consciência da dor. Fenômenos hipnóticos muito úteis em pessoas nas quais o uso de analgésicos e anestésicos é contra-indicado.
Movimentos ideomotores
São movimentos automáticos de algumas partes do corpo que acontecem automaticamente ( tremores, repuxões, levitações) ocorrem com frequência na hipnose.
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ORIGENS DA HIPNOSE ERICKSONIANA / NATURALISTA
A hipnose Ericksoniana é assim chamada, por ter sido criada pelo Dr. Milton Erickson, psicólogo e psiquiatra, considerado a maior referência mundial dos praticantes em hipnose médica e psicoterápica.
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Ele ensinou e praticou uma espécie de hipnose que era branda, elegante, permissiva e respeitosa ao cliente. Descobriu que sugestões autoritárias e diretas enfrentariam resistência e por isto utiliza outros recursos como oportunidades, metáforas, símbolos e contradições, e demonstrou de várias formas que isto traz um resultado melhor.
E seu primeiro paciente foi ele próprio. Quando contraiu poliomelite, recebeu um diagnóstico médico de pouco tempo de vida. Perdeu a fala, a capacidade de andar, mas longe de desistir, usou sua força de vontade, começou a aplicar a auto-hipnose e aos poucos foi se recuperando. Ao invés de ficar ocioso, utilizou o tempo acamado para estudar a comunicação não-verbal, a linguagem corporal e a escolha das palavras.
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Foi assim que Milton Erickson tornou-se tão hábil em ler as pessoas: superando as próprias limitações. Nas ultimas décadas, suas brilhantes e inovadoras estratégias para a psicoterapia, a hipnose e a comunicação, se tornaram temas de numerosos congressos e conferências internacionais. Centenas de livros e inúmeros artigos foram escritos sobre ele e seus métodos de hipnose.
O sucesso nos tratamentos, a criatividade de Erickson e o seu poder de observação foram legendários e suas técnicas formaram a base de todo um estilo de procedimentos terapêuticos e hipnóticos.
Entre as contribuições de Milton Erickson, está a sua influência na Programação Neurolinguística, que em boa parte tem suas raízes na hipnose.
Sua destacada habilidade em produzir curas surpreendentes, despertaram o interesse dos criadores da PNL em estudar suas habilidades e modelar seu talento.
Assim, algumas das principais técnicas da PNL, foram inspiradas pelo trabalho de Erickson, incluindo padrões verbais associados com linguagem e sugestão hipnótica, a dissociação, ressignificação, mudança da história pessoal e ponte ao futuro.
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O QUE É A REGRESSÃO DE MEMÓRIA?
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Como funciona a Regressão de Memória
A regressão não está ligada a nenhum tipo de religião, crença ou credo. Para que a regressão funcione, basta que haja aceitação do procedimento.
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É um processo auxiliar da Hipnose…
Todos nós somos capazes de usar a nossa imaginação. Todos nós temos uma capacidade de visualizar imagens e, sobretudo, todos nós temos intuição. As respostas dos nossos problemas estão dentro de nós mesmos. Só é preciso se permitir acessá-las.
O mais importante para que a regressão funcione é estar aberto para as respostas que surgem em nossa mente deixando a parte racional, os julgamentos e o ceticismo de lado. Podemos dizer que a regressão de memória é considerada uma terapia mais rápida do que as convencionais.
Não existe nada de sobrenatural nem de milagroso atuando na dissolução dos seus problemas. Há apenas o desbloqueio e a integração emocional, que aliado à sua vontade de mudar de vida, atuam para abrirem certas áreas que estavam bloqueadas ou desequilibradas.
Em se tratando de algum trauma, através da regressão de memória você poderá reviver a situação traumática com mais maturidade, compreensão e total acompanhamento terapêutico.
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MITOS E VERDADES SOBRE A HIPNOSE
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1. O Mito da Perda ou enfraquecimento da vontade
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2. Hipnose não é controle mental ou lavagem cerebral. Na hipnose Ericksoniana o estado de transe é sempre uma auto-hipnose, onde o hipnoterapeuta usa métodos comunicativos para influenciar resultados positivos.
Durante o transe, você não está imobilizado. Você sabe exatamente onde está durante o tempo todo. Pode ajustar a sua posição, se coçar, espirrar ou tossir. Pode abrir os olhos e mesmo sair do transe na hora que quiser. Você permanece orientado como pessoa, lugar e tempo.
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3. Mito da Inconsciência
– No tratamento clínico, a hipnose não é um circo como vemos em algumas apresentações de TV. O transe hipnótico é caracterizado por uma dissociação consciente/inconsciente onde a consciência está presente, e é desejável que esteja para participar no processo de cura.
Considera-se inconsciente os processos que não temos consciência.
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4. Mito de Confessar Segredos Sem Querer
– Mesmo em transe profundo, na hipnose, a mente conserva um sentido de vigilância que protege a integridade da pessoa. O bom terapeuta trabalho com um pressuposto de respeito e amorosidade.
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5. Na hipnose Ericksoniana raramente a pessoa é convidada a falar.
– A sabedoria do subconsciente é capaz de resolver silenciosamente os conflitos mais profundos. Algumas tradições de sabedoria dizem que temos um Eu Superior no nosso subconsciente. Muitos conflitos podem ser tratados sem que a pessoa compartilhe os detalhes
que não quer compartilhar.
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6. Mito de Não Voltar do Transe
– Se, eventualmente, por estar numa experiência muito agradável ou num transe mais profundo, a pessoa não aceitar a sugestão de voltar do transe, basta deixá-la mais alguns minutos, e naturalmente, o transe hipnótico se transforma em sono fisiológico e ela acorda. E aquelas sugestões não a afetam. Então não há porque temer isto.
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7. Mito de Que a Hipnose Possa Ser Prejudicial
– Existe uma parte de nossa mente subconsciente que é sábia e protetora, e absorve apenas aquilo que é saudável e útil.
Naturalmente, como a hipnose é uma poderosa estratégia de comunicação com o subconsciente, só deve ser usada por pessoas devidamente treinadas, competentes e éticas.
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8. Mito da Regressão
– Hipnose não é regressão. A regressão é apenas um fenômeno hipnótico e um recurso que pode ser usado quando necessário, na hipnose. O objetivo é encontrar as causas dos distúrbios e limitações e curá-las, na sua raíz.
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9. Quantas sessões são necessárias?
Depende de cada caso. Isto é avaliado na primeira sessão, onde é feita uma anamnese, levando-se em conta diversos fatores. Saiba mais neste site no link: AGENDAR/Psicoterapia Breve.
DESENVOLVENDO HABILIDADES DE DAR E RECEBER FEEDBACK
Dificuldades, como podemos superá-la, Como o Feedback pode ser útil e eficiente
Leia Mais no livro Sinto, Logo Existo, de Deroní Sabbi
Para nos comunicarmos melhor com os outros é essencial aprendermos
a dar e receber feedback, um processo de ajuda para mudança de
comportamento. Isso possibilita um aumento de competência interpessoal.
Um feedback eficaz pode ajudar o indivíduo ou o grupo a melhorar o
seu desempenho, oferecendo-lhe informações sobre como sua atuação está
afetando outras pessoas e propiciando assim o alcance dos seus objetivos.
Fela Moscovici descreve muito bem esse assunto em seu livro
Desenvolvimento Interpessoal. .
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Dificuldades para receber feedback
É difícil uma pessoa aceitar suas dificuldades, falhas ou ineficiência e
ainda mais admiti-las para os outros, especialmente em público. Algumas
atitudes que reforçam essas dificuldades:
• Auto-exigência, que vai às raias do perfeccionismo, em que a pessoa
«não se permite errar», imaginando que só tem valor se for infalível e que, se
admitir suas falhas, vai perder o respeito e a admiração dos outros.
• Exigência demasiada dos outros.
• Conflito gerado pelo erro, face ao qual a pessoa fica sem saber lidar
com a situação.
• Receio da opinião alheia.
• Sensação de independência violada, face à qual a pessoa vê negado o
apoio que esperava.
Quando percebemos que estamos contribuindo para manter o problema e
que precisamos mudar para resolvê-lo, podemos reagir defensivamente.
Parando de ouvir, desligamo-nos do assunto, utilizando um mecanismo de
defesa consciente ou inconsciente. Negando a validade do feedback,
agredimos o comunicador, apontando-lhe os seus próprios erros e outras
atitudes do gênero. .
Às vezes, a solução de um problema pode significar a descoberta e o
reconhecimento de algumas facetas da personalidade que temos evitado ou
desejado evitar, inclusive em pensamento.
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Dificuldades para dar feedback
Gostamos de dar conselhos e, com isso, sentimo-nos competentes e
importantes. Não devemos usar o feedback como forma de mostrar a nossa
inteligência e habilidade, mas sim com a intenção de torná-lo útil para o
receptor e para os seus objetivos. .
Dependendo das nossas próprias motivações, podemos reagir somente
a um aspecto que vemos no comportamento do outro. Com isso, tornamo-nos
parciais e avaliativos, servindo o processo de feedback apenas como desabafo,
alívio de tensão ou agressão, velada ou manifesta. .
Podemos temer as reações do outro, sua mágoa, agressão, etc., isto é,
podemos temer que o feedback seja mal interpretado, pois em nossa cultura
feedback ainda é percebido como crítica e tem implicações emocionais
afetivas e sociais fortes, em termos de amizade ou inimizade, de status,
competência e reconhecimento social.
Se o receptor se torna defensivo, podemos tentar argumentar para
convencê-lo ou para pressioná-lo. Dessa maneira, reagimos com mais pressão
e, com isso, aumentamos a sua resistência defensiva, o que acontece
tipicamente em polêmicas que se radicalizam. .
Muitas vezes não estamos psicologicamente preparados para
receber feedback ou não o desejamos nem sentimos necessidade dele.
Pouca ou nenhuma prontidão perceptiva constitui verdadeiros bloqueios à
comunicação interpessoal. Se insistirmos no feedback, o nosso interlocutor
poderá duvidar dos nossos motivos, negar a validade dos nossos dados,
racionalizar, procurar justificar-se.
Não temos o direito de julgar, nem aos outros e nem a nós
mesmos. O julgamento pressupõe ausência de humildade.
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Podemos superar as dificuldades:
• Estabelecendo um rapport, uma relação de confiança recíproca para
diminuir as barreiras entre o comunicador e o receptor.
• Reconhecendo que o feedback é um processo de exame conjunto.
• Aprendendo a dar feedback de forma habilidosa, sem conotações
emocionais intensas.
• Aprendendo a ouvir e a receber feedback, sem reações emocionais
defensivas intensas.
Os dados subjetivos relativos a sentimentos e emoções também são
importantes. Por exemplo: «Quando você fez aquilo, senti-me numa situação
muito desagradável». Isso não tem por objetivo invalidar os motivos da outra
pessoa, apenas indicar como a ação repercutiu em nós. Não sabemos por que o
outro agiu assim, sabemos, porém, como o seu comportamento nos fez sentir.
Quando recebemos feedback de alguém, precisamos confrontá-lo com
as reações de outras pessoas para verificar se devemos modificar o nosso
comportamento de maneira geral ou somente em relação àquela pessoa.
Todos nós precisamos de feedback, tanto positivo quanto negativo.
Necessitamos saber o que estamos fazendo inadequadamente, como também o
que conseguimos fazer com adequação, de modo a podermos corrigir as falhas
e a manter os acertos.
Para uma pessoa desenvolver as habilidades de relacionamento, é preciso ela
estar com a mente livre para perceber o que acontece no aqui e agora; estar
atenta às necessidades, motivações e desejos dos outros. E necessário
desenvolver interesse genuíno pelos outros, procurar conhecê-los, ouvi-los,
compreendê-los. É também necessário expressar-se com naturalidade e
autenticidade. Para isso, é necessário conviver, compartilhar, trocar
experiências, dar e receber afeto e desenvolver, enfim, a sua sensibilidade
social. Para isso, a atenção e a paciência são qualidades valiosas.
São indicadores para percebermos o que se passa internamente com o
interlocutor: os movimentos em geral, os gestos, a movimentação dos olhos, a
respiração, o ritmo, o volume e o timbre da fala, entre outros. A comunicação
limpa, clara e autêntica pode trazer mais qualidade à comunicação tanto
conosco mesmo quanto com os outros.
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COMO TORNAR O FEEDBACK ÚTIL E EFICIENTE?
Para tornar-se realmente um processo útil, tanto quanto possível, o feedback
precisa:
• Ser solicitado e não imposto.
• Dar-se em momento oportuno. Muitas vezes, o feedback é mais
eficiente se for oferecido logo após a ocorrência do fato. Outros fatores
também influem, como o preparo da pessoa ou do grupo para ouvi-lo, o apoio
dos outros e o clima emocional.
• Ser descritivo, não avaliativo. Quando não há julgamento ou uma
linguagem avaliadora, a necessidade da reação da outra pessoa reduz-se a uma
forma defensiva.
• Ser específico e não geral. Em vez de dizer: «Você está sempre
procurando controlar tudo», melhor seria especificar o momento em que é
demonstrada tal atitude: “Naquele encontro, você fez o que costuma fazer
outras vezes, você não ouviu a opinião dos demais e fomos forçados a aceitar a
sua decisão.”
• Levar em consideração as necessidades e as motivações daquele
que recebe o feedback.
• Dirigir-se ao comportamento que pode ser modificado. Do contrário,
se o receptor reconhecer falhas naquilo que não está sob seu controle mudar,
aumentaremos a frustração.
•Ser esclarecido, para assegurar uma comunicação mais precisa.
Pode-se fazer com que o receptor repita o feedback recebido para ver se
corresponde ao que o comunicador quis dizer.
Quando o feedback ocorre num grupo, pode-se verificar entre os seus
membros se ele se limita a uma impressão individual ou se é compartilhado
por outros.
A comunicação interpessoal tem indicado, entretanto, que esses
requisitos, embora compreendidos e aceitos intelectualmente, não são fáceis de
serem seguidos, tanto para dar feedback como para recebê-lo.